sábado, 8 de agosto de 2009

Uma Zona Chamada senado

A pressão para que o Senador José Sarney abandone a presidência do Senado Federal continua forte e tem exercido grade desgaste para os políticos. De um lado a oposição e a opinião pública (entenda como Imprensa), do outro o PMDB, o Governo Federal e seus aliados. Os escândalos e acusações que pesam sobre Sarney são contundentes, e analistas dizem que a queda é apenas uma questão de tempo.

Os bate-bocas mais acalorados até aqui entre situação e oposição. E fica a certeza, mais uma vez, das relações perniciosas de amizades praticadas pelos políticos. Relações estas impensadas e improváveis no passado, porém bem convenientes no presente e para o futuro.

Notas:

- O Collor tem um olhar psicótico assustador. Muito medo!
- O importante nessas discussões é manter o respeito e dizer sempre “Vossa Excelência”.
Ex.: – Eu gostaria de pedir, com todo o respeito, que Vossa Excelência vá pra P. Que. P.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

...Não se conhece bem um homem que nunca deixou a barba crescer. Digo isto sem preconceitos, porque não mais pertenço a confraria dos barbados. Mas estou convencido de que se conhece mal um homem que nunca deixou irromper na floresta de seu rosto, o outro, o selvagem, o agente adormecido, o hirsuto... Há mulheres que, tendo conhecido a sabedoria erótica da barba nos lençois do dia, nunca mais se contentarão com a banalidade barbeada de outros amores... Indizível prazer é esse de confiar a barba. Inconsciente. Ritualisticamente. Enquanto se lê, enquanto se aguarda o outro dizer uma frase estúrdia, enquanto se toma um vinho ou se afaga o cão junto a lareira, e fechando, bem dizia Walmor Chagas outra noite num jantar quando se discutia a metafísica da barba: a barba é uma mascara como no teatro; é outro em nós, um modo de o personagem se experimentar em cena..."